30 de julho de 2012

Das palavras...




As palavras saem quase sem querer
Rezam por nós dois
Tome conta do que vai dizer
Elas estão dentro dos meus olhos
Da minha boca, dos meus ombros.
Se quiser ouvir
É fácil perceber

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem
E não ser meu mal
Reabilite o meu coração

Tentei
Rasguei sua alma e pus no fogo
Não assoprei
Não relutei
Os buracos que eu cavei
Não quis rever
Mas o amargo delas resvalou em mim
Não deu direito de viver em paz
Estou aqui pra te pedir perdão

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem
E não ser meu mal
Reabilite o meu coração

As palavras fogem
Se você deixar
O impacto é grande demais
Cidades inteiras nascem a partir daí
Violentam, enlouquecem, ou me fazem dormir
Adoecem, curam ou me dão limites
Vá com carinho no que vai dizer

Vanessa da Mata - "As palavras"
...em jeito de regresso...

2 comentários:

Maria disse...

Que poema lindo, Pequenina!
Beijinhos
Maria

Cintia Brugiolo disse...

Oi, tudo bem?
Não sei se já respondi seu comentário no www.elisaemespiral.blogspot.com. Tanto tempo que não entrava nesse blog... Foi criado para minha personagem em "As Bruxas de Salém" Elisa (no original, Elisabeth). Que bom que gostou! Tudo que ali foi postado, foi criado como parte da construção da personagem. Mantenho outro blog, www.escarlatepurpura.blogspot.com, onde continuo escrevendo (ainda que com pouca frequência, por causa do excesso de trabalho...). Fique à vontade! Obrigada pelas "palavras"!! (Adoro a Vanessa também! E o Klimt!)

Beijo grande!