27 de setembro de 2008

O degrau...


«O degrau da escada não foi inventado para repousar, mas apenas para sustentar o pé o tempo necessário para que o homem coloque o outro pé um pouco mais alto»
Autor: Huxley , Aldous

25 de setembro de 2008

"A criancinha pede a gente dá"


A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente
elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos.
Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, ás litradas. A gente olha para
o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá
porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola
e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente
senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de
conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou
mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, ja mais crescida, começa a pedir
mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar
em saídas, roupas da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por
isso.
Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida
stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cesce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e
tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe
basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar
à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências,
inicia o processo de independência meramente informal. A
rebeldia é de trazer por casa.
Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava,
come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarepas domésticas
são «uma seca».

Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco
minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à
sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já mais crescidinha, fica
traumatizada.
Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz
queixinhas, lamenta-se, chora.
Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que
a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual
psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado,
correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no
professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem
sabe do meu filho sou eu».

A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será
criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a
gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um
emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».

Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das
escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha?
Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes,
vão ser os paizinhos a ir parar ao "hospital com" um pontapé e
um murro das criancinhas no olho esquerdo.

E então teremos muitos congressos e debates para nos
entretermos.

Escrito por Miguel Carvalho para a revista VISÃO.

22 de setembro de 2008


" Regressamos sempre aos velhos lugares onde amámos a vida. E só então compreendemos que não voltarão jamais todas as coisas que nos foram queridas. O amor é simples, e o tempo devora as coisas simples."

José Eduardo Agualusa

Tirado do blogue da maripa

20 de setembro de 2008

Duffy - Mercy



Não custumo pôr aqui musicas "estrangeiras" (porque a minha preferência são Portuguesas) mas admito que gosto mesmo muito desta música!!
Espero que gostem tanto ou mais do que eu!!!

15 de setembro de 2008

A todos os carteiros de Portugal...

De todos os heróis anónimos nenhum é tão anónimo como o carteiro!

Sob a chuva ou a neve,
O raio ou trovão,
O Carteiro deligente
Cumpre a sua missão!

Enchentes há-de ultrapassar
Para a sua carta entregar!

Levo felicidade conjugal
Pelo reembolso postal!

Estrada má ou atoleiro,
Nada detém o corajoso carteiro!

P.S - Agradeço a todos os carteiros de Portugal que levam e fazem-me receber as tão desejadas cartas para a minha "Madrinha" (emprestada) e da minha "Madrinha" (emprestada)! OBRIGADA!!!

História publicada originalmente nos Estados Unidos na revista Walt Disney's Comics and Stories, nº 209, de Fevereiro de 1958
Título: O Carteiro Não Pode Parar (The Persistent Postman)

13 de setembro de 2008

Momentos contigo...

Hoje lembrei-me de ti... e em vez de ficar triste não... veio-me um sorriso... Lembrei-me das tuas imitações do "brasileiro":
"Hoje os caras vão aprenderrr mathhhiiimáthiiica" e nós riamo-nos!!!
Nunca mais me vou esquecer daquele dia em que era para ler os poemas que tinhamos feito para os colegas e eu sempre muito envergonhada lá fui lendo os poemas, tu centado numa cadeira ouvias-me muito atentamente e no fim fartaste-te de rir porque os poemas até tinham a sua graça =)
Sempre aceitaste os meus presentes (mesmo que estivessem feios ou mal feitos) e até retribuiste com o teu carinho, amor e amizade infindáveis!
Tinha um coração de ouro e nunca conheci ninguem como tu.
Responde-me agora:
Porquê?? Porquê que fizeste essa trágica viagem de carro para morreres numa ravina? Uma grande pessoa como tu não merecias morrer assim... como tu morreste...
Será que eu só tenho azares?
Nem direito a uma foto tua de jeito tenho??
Por favor faz-me um sinal ou diz-me alguma coisa...
Eu sei que isso já aconteceu quando o Fabio me roubou o telemóvel eu rezei para me ajudares e o telemóve apareceu... Quase milagre!
Obrigada por todos os momentos bons que me proporcionaste só não gostei do que te aconteceu, mas nunca te esquecerei estarás sempre aqui no meu coração...
Só não ponho fotos tuas porque não tenho mesmo nenhuma de jeito...

12 de setembro de 2008

Velho - Mafalda Veiga

Há uns dias atrás fui á casa dos meus avós maternos e lembrei-me de um poema que minha avó costuma cantar chama-se "Velho" e foi escrito pela grande cantora Mafalda Veiga aqui ponho a letra e um video. Espero que gostem!

Letra:
Parado e atento à raiva do silêncio
de um relógio partido e gasto pelo tempo
estava um velho sentado no banco de um jardim
a recordar fragmentos do passado

na telefonia tocava uma velha canção
e um jovem cantor falava da solidão
que sabes tu do canto de estar só assim
só e abandonado como o velho do jardim?

o olhar triste e cansado procurando alguém
e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver
a imagem da solidão que irão viver
quando forem como tu
um velho sentado num jardim

passam os dias e sentes que és um perdedor
já não consegues saber o que tem ou não valor
o teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
pra dares lugar a outro no teu banco do jardim

o olhar triste e cansado procurando alguém
e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver
a imagem da solidão que irão viver
quando forem como tu
um resto de tudo o que existiu
quando forem como tu
um velho sentado num jardim

E aqui fica o video:

6 de setembro de 2008

Homenagem a uma grande amiga...

Kleinexa, eu agradeço-te o muito que já fizeste por mim e a amizade que me tens dado!! Apesar de só te conhecer virtualmente tens sido maravilhosa!! Por este poema agradeço a Deus por te ter conhecido OBRIGADA:

Abro a janela do meu computador!!!
Entre, e traga o seu riso, por favor,
que não ecoa mas, enfim, é tão gostoso!
Conte pra mim as suas velhas histórias,
totalmente imbuídas de memórias,
algumas tristes, outras que dão puro gozo!

Deixe eu deitar, em ombros invisíveis,
e segurar mãos fortes e flexíveis,
olhar seus olhos, nessa fotografia.
Suas palavras entram-me direitinho,
num coração tão falho de carinho...
Meu mundo é uma casa tão vazia!...

Da imensidão do éter, você chega
sem passaporte, você me aconchega,
atravessa fronteiras e me assume.
Traz muita paz... umas palavras, um verso...
música... imagens... mostra-me um Universo
de coloridas flores... sem perfume.

Todos os dias, eu abro esta janela
na esp’rança de a rever, entrar por ela
seu bálsamo, alívio desta dor.
Abro-lhe a minha casa, como vê.
- Tome um café. Conte-me de você.
Prove o meu bolo, fale-me seja o que for!

Juntas sorrimos, ficámos delirantes...
Juntas chorámos, de coisas tão chocantes...
Você não é apenas um endereço
que vive num arroba escondido,
você tem uma alma, um apelido;
de há muito que ganhou o meu apreço!

Afinal, é o meu anjo da guarda!
Para entrar aqui, você se farda
com duas asas e uma auréola branca.
Esquecida dos problemas pessoais,
você aceita os meus lamentos mais
abertamente que a família, é mais franca.

Desculpe o meu café não ter sabor,
e o meu bolo sem açúcar, o melhor
que eu consegui à Internet conectada.
Mas o carinho e amizade são reais
na rede toda; porque de virtuais,
acredite que não temos mais nada!

5 de setembro de 2008

Visita a Lagos

Como já disse no outro post eu amo o Algarve estou sempre a a viajar de um lado para o outro. Normalmente vou a Tavira, a Lagos ou então a Sagres. Desta vez fui a Lagos. Tirei algumas fotos, e como é de esperar ficaram lindas!! Gosto da ideia de partilhá-las convosco, e é o que vou fazer:

2 de setembro de 2008

Desafio Musical

Há umas semanas atrás fiquei "apaixonada" pelo desafio musical no blog da Kleinexa. Pedi-lhe autorização se poderia pôr o desafio no meu blog ela disse que "Sim" e eu comecei logo a magicar nas minhas 6 musicas preferidas. Este desafio consiste mesmo nisso pôr as 6 musicas que marcaram a minha vida até agora.

Vamos á primeira...uma musica que eu ouvi na minha novela preferida "Tempo de Viver" e nunca mais me saiu da cabeça:

Colibri (Pureza e Desejo) - Luis Represas:




Esta segunda música... marcou os meus anos de mais pequinina...Ouvi pela 1ª vez a minha avó a cantá-la e nunca mais a esqueci...

20 anos - José Cid:




Segue-se terçeira musica... Confesso que vou na 3ª e já tou a ter alguma dificuldade... Bem lembrei-me agora de uma das minhas músicas preferidas. Realmente a Celine Dion tem uma voz que eu sempre tentei imitar e sempre me foi impossível! O Titanic é talvez um dos meus filmes preferidos. E também confesso todas as vezes que vi o filme (que não foram poucas) veio-me sempre uma lágrima ao olho... Coisas de mulheres eu sei (esta aprendi contigo Daniela).

Celine Dion - My heart will go on




Huum estive aqui a pensar e lembrei-me de uma música muito boa que merece sem dúvida nenhuma pertencer ás minhas 6 músicas preferidas... Cantada pela grande fadista Ana Moura!

Ana Moura - Búzios:




Vamos á 5ª... Esta música parece que conta a minha forma de ser... É por isso que eu gosto mesmo muito desta musica.

Susana Félix - Fintar a Pulsação:




A sexta música é dedicada ao meu lindo Algarve que tanto eu amo! É verdade eu tenho uma amor incondicional pelo Algarve e principalmente por Sagres. E aqui fica uma música linda sobre Sagres:

Luis Represas - Sagres